Secretaria Estadual da Cultura não vai participar da Noite dos Museus por falta de acordo com produtora
Sedac argumenta que houve inviabilidade de acordo para assegurar a preservação de suas instituições
(Via: jornal do comércio)
Apesar das tratativas encaminhadas pela pasta, não houve mudanças significativas nos protocolos da produtora para atender à solicitação da Sedac de que fossem ampliadas a estrutura física e as equipes disponibilizadas.
As instituições do Estado vinculadas à Sedac que participariam da edição de 2023 do evento são: Museu Júlio de Castilhos, Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MAC-RS), Casa de Cultura Mario Quintana e Museu da Comunicação Hipólito José da Costa. Os locais terão horário de funcionamento normal no dia da realização do evento.
Após as primeiras tratativas para aprimorar a parceria das edições anteriores, a Sedac afirma que solicitou, entre outras medidas, que a organização do evento realizasse controle de acesso mediante retirada de ingressos gratuitos para evitar a superlotação dos espaços e o acúmulo de pessoas nas áreas externas, contratação de reforço das equipes de segurança e de limpeza e contratação de banheiros químicos para as imediações dos museus. A Sedac também solicitou que as atividades encerrassem às 22h e não à meia-noite, como previsto pela produção. Não houve, no entanto, garantia de que os apontamentos seriam plenamente atendidos.
“A Sedac entende que ações isoladas não poderão melhorar a experiência para o público e para as instituições. Apesar de, na edição anterior, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs) ter, por exemplo, controlado o fluxo de entrada e da quantidade de visitantes simultâneos, foram registradas pichações e péssimas condições de higiene dentro dos banheiros do museu. O episódio demonstra que o evento, até aqui, não tem oferecido estrutura e organização suficientes para a gestão de público e fila, além de equipe (monitores e seguranças) para atender a necessidade de operação dentro e fora das instituições”, diz o texto publicado.
Também citam outras intercorrências que geraram prejuízos materiais a museus e galerias no ano passado, resultando em insatisfação das pessoas que, pelo excesso de público, não conseguiam participar das atrações musicais dentro das instituições. Dentre elas estão riscos à segurança instituicional e do público por superlotação e fragilidade no controle de acesso, além da hostilização de equipes de portaria por falta de controle de fluxo adequado e equipe que organizasse o tráfego na área externa. Como resultado, teme a Sedac, os equipamentos culturais participantes acabam por ter suas reputações vinculadas a problemas que fogem de suas alçadas.
“Os equipamentos culturais receberam do Estado recentes investimentos que trouxeram ganhos de atratividade, visibilidade e alcance. São visitados diariamente e proporcionam espaço de entretenimento, fruição de arte e pesquisa, de modo inteiramente gratuito, à população”, afirma a secretária da Cultura, Beatriz Araújo. “As condições apresentadas pela Sedac visam, portanto, a preservação de um patrimônio que enriquece a cena cultural gaúcha e democratiza o acesso à arte e são fundamentais para garantir o bom funcionamento de uma estrutura que tem programação cultural ao longo de todo o ano, que desenvolve ações educativas e que promove o acesso à cultura como um direito cidadão.”
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