Amazon faz 1º investimento em tecnologia de captura direta de CO2 do ar

Por Susanna Twidale e Peter Henderson

The Amazon.com, Inc. BHM1 fulfillment center is seen before sunrise on March 29, 2021 in Bessemer, Alabama. – Votes are set to be counted on March 29, 2021 on whether to create the first Amazon union in the United States, at a warehouse in Alabama, after a historic, five months-long David vs Goliath campaign. “I’m proud of the workers at Amazon for standing up and saying enough,” said Joshua Brewer, the local president of the Retail, Wholesale and Department Store Union. (Photo by Patrick T. FALLON / AFP) (Photo by PATRICK T. FALLON/AFP via Getty Images)

(Reuters) – A Amazon.com está fazendo seu primeiro investimento em tecnologia de captura direta de poluição do ar, comprometendo-se a comprar 250 mil toneladas de créditos ao longo de 10 anos, informou a companhia nesta terça-feira.

A Amazon comprará os créditos de captura direta (DAC, na sigla em inglês) da usina 1PointFive, no Texas. A instalação está sendo desenvolvida pela Oxy Low Carbon Ventures, subsidiária da petrolífera Occidental. A Amazon vai usar os créditos para ajudar a cumprir meta de emissões líquidas zero de carbono até 2040.

A varejista não revelou nenhum detalhe financeiro do acordo, mas os desenvolvedores da tecnologia DAC afirmam que os créditos de remoção custam atualmente na faixa entre 500 e 900 dólares por tonelada métrica.

Muitos cientistas acreditam que a extração de bilhões de toneladas de carbono da atmosfera por ano é a única forma de cumprir os objetivos do Acordo de Paris, da ONU, para reduzir as mudanças climáticas causadas pela queima de combustíveis fósseis.

Os projetos que sugam o dióxido de carbono (CO2) do ar podem gerar créditos de remoção que podem ser comprados e usados por empresas para compensar emissões de poluentes que não conseguem eliminar de seus negócios.

Embora as soluções tecnológicas ainda estejam longe de serem comprovadas em custo e escala que permitam uma implantação global, os gigantes da tecnologia têm apoiado cada vez mais o DAC. Na semana passada, a Microsoft assinou um acordo plurianual para a compra de 315 mil toneladas com a desenvolvedora de projetos norte-americana Heirloom.

A pegada de carbono da Amazon em 2022 foi de 71,27 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente, incluindo as emissões do Escopo 3, que são aquelas geradas indiretamente a partir de fontes que a empresa não controla ou possui, como as emissões geradas por funcionários que viajam de avião a trabalho.

Jamey Mulligan, chefe de ciência e estratégia de neutralização de carbono da Amazon, disse que será necessária uma abordagem transparente para a ampliação o uso da tecnologia.

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“Temos que ter uma escala maciça muito rapidamente, a 1PointFive e a Occidental têm conhecimento, especialização, força de trabalho e experiência significativos que são necessários para dimensionar instalações industriais como essa”, disse ele.

Alguns grupos ecológicos, porém, criticam o papel das petrolíferas no desenvolvimento de usinas de remoção de dióxido de carbono do ar.

O projeto 1PointFive foi um dos dois “hubs” de DAC em grande escala selecionados no mês passado para receber os maiores subsídios do Departamento de Energia dos Estados Unidos disponíveis para a tecnologia.

VIa: UOU

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