Amazon faz 1º investimento em tecnologia de captura direta de CO2 do ar
Por Susanna Twidale e Peter Henderson
(Reuters) – A Amazon.com está fazendo seu primeiro investimento em tecnologia de captura direta de poluição do ar, comprometendo-se a comprar 250 mil toneladas de créditos ao longo de 10 anos, informou a companhia nesta terça-feira.
A Amazon comprará os créditos de captura direta (DAC, na sigla em inglês) da usina 1PointFive, no Texas. A instalação está sendo desenvolvida pela Oxy Low Carbon Ventures, subsidiária da petrolífera Occidental. A Amazon vai usar os créditos para ajudar a cumprir meta de emissões líquidas zero de carbono até 2040.
A varejista não revelou nenhum detalhe financeiro do acordo, mas os desenvolvedores da tecnologia DAC afirmam que os créditos de remoção custam atualmente na faixa entre 500 e 900 dólares por tonelada métrica.
Muitos cientistas acreditam que a extração de bilhões de toneladas de carbono da atmosfera por ano é a única forma de cumprir os objetivos do Acordo de Paris, da ONU, para reduzir as mudanças climáticas causadas pela queima de combustíveis fósseis.
Os projetos que sugam o dióxido de carbono (CO2) do ar podem gerar créditos de remoção que podem ser comprados e usados por empresas para compensar emissões de poluentes que não conseguem eliminar de seus negócios.
Embora as soluções tecnológicas ainda estejam longe de serem comprovadas em custo e escala que permitam uma implantação global, os gigantes da tecnologia têm apoiado cada vez mais o DAC. Na semana passada, a Microsoft assinou um acordo plurianual para a compra de 315 mil toneladas com a desenvolvedora de projetos norte-americana Heirloom.
A pegada de carbono da Amazon em 2022 foi de 71,27 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente, incluindo as emissões do Escopo 3, que são aquelas geradas indiretamente a partir de fontes que a empresa não controla ou possui, como as emissões geradas por funcionários que viajam de avião a trabalho.
Jamey Mulligan, chefe de ciência e estratégia de neutralização de carbono da Amazon, disse que será necessária uma abordagem transparente para a ampliação o uso da tecnologia.
“Temos que ter uma escala maciça muito rapidamente, a 1PointFive e a Occidental têm conhecimento, especialização, força de trabalho e experiência significativos que são necessários para dimensionar instalações industriais como essa”, disse ele.
Alguns grupos ecológicos, porém, criticam o papel das petrolíferas no desenvolvimento de usinas de remoção de dióxido de carbono do ar.
O projeto 1PointFive foi um dos dois “hubs” de DAC em grande escala selecionados no mês passado para receber os maiores subsídios do Departamento de Energia dos Estados Unidos disponíveis para a tecnologia.
VIa: UOU
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